Após violência na final da Copa do Brasil, governo de MG quer discutir com clubes financiamento da segurança nos estádios
Violência na final da Copa do Brasil reacende debate sobre segurança nos estádios em Minas Gerais
Após a violência registrada na final da Copa do Brasil, entre Flamengo e São Paulo, no Mineirão, em Belo Horizonte, o governo de Minas Gerais anunciou que irá discutir com os clubes de futebol do estado um novo modelo de financiamento para a segurança nos estádios. O anúncio foi feito pelo governador Romeu Zema nesta quinta-feira (14), em entrevista à rádio Itatiaia.
A decisão foi tomada após a confusão generalizada que ocorreu no dia 12 de novembro, quando torcedores dos dois times protagonizaram cenas de violência e vandalismo antes, durante e após a partida.
Segundo o governador, a intenção é que os clubes assumam parte dos custos com a segurança, em uma tentativa de reduzir a dependência do poder público. “O governo não pode ser o único responsável pela segurança nos estádios. É preciso que os clubes também se engajem nesse processo”, afirmou Zema.
Ainda não há detalhes sobre como esse novo modelo de financiamento será implementado, nem sobre qual seria a porcentagem de custos a ser assumida pelos clubes. O governo mineiro promete detalhar o plano em breve, após a realização de uma reunião com os representantes dos clubes.
A discussão sobre a segurança nos estádios é antiga e se intensificou nos últimos anos, com o aumento dos casos de violência em jogos de futebol. A Copa do Brasil de 2023 foi marcada por diversos episódios de violência, com torcedores agredindo jogadores, árbitros e outros torcedores.
A violência na final do torneio em Minas Gerais chamou a atenção para a fragilidade do sistema de segurança nos estádios, e o governo do estado espera que a nova proposta de financiamento contribua para a criação de um ambiente mais seguro para os torcedores.