Após suicídio, MP determina abertura de inquérito contra pastor que promove ‘detransição’



Ministério Público abre inquérito contra pastor que promove “detransição” após suicídio de jovem

Após o suicídio de um jovem que se identificava como trans, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) decidiu abrir um inquérito para investigar a conduta do pastor , que é conhecido por promover a “detransição”, processo que incentiva a rejeição da identidade de gênero trans. A decisão, tomada no dia , foi motivada pelo caso de , de 23 anos, que morreu em .

De acordo com o MP-RS, as publicações de Malafaia em suas redes sociais, que alcançam milhões de seguidores, podem ter contribuído para a decisão de Lucas de abandonar o tratamento hormonal e a terapia de readequação de gênero. A investigação busca apurar se o pastor cometeu algum crime, como incitação ao suicídio ou apologia ao ódio.

Em suas redes sociais, Malafaia afirmava que a “transição de gênero” era uma “moda” e uma “ideologia de gênero” que colocava em risco a saúde mental de jovens. Ele também se dedicava a promover a “detransição”, incentivando a rejeição da identidade de gênero trans.

O inquérito do MP-RS busca analisar se as falas do pastor e sua atuação nas redes sociais tiveram influência direta no suicídio de Lucas. Além disso, o MP-RS pretende apurar se a postura de Malafaia configura um crime de incitação ao suicídio ou apologia ao ódio, considerando que ele se dirigiu a um público específico, que se identifica como LGBT+, com mensagens que podem ter gerado sofrimento e levado à decisão de abandonar o tratamento.

O caso de Lucas Matheus e o inquérito aberto contra Silas Malafaia colocam em debate a influência de figuras públicas na vida de pessoas trans e a necessidade de combater o discurso de ódio e a disseminação de informações falsas sobre a temática.

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