Após reunião no Ministério do Trabalho, Fhemig mantém bloco cirúrgico fechado; funcionários vão receber abono
Belo Horizonte, 13 de janeiro de 2025 – Após uma reunião realizada neste domingo (13) no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) decidiu manter o bloco cirúrgico do Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, fechado. A decisão, que impacta diretamente a assistência médica a pacientes, foi tomada apesar das negociações entre representantes da fundação e o sindicato dos trabalhadores. Como contraponto, a FHEMIG anunciou o pagamento de um abono aos funcionários.
A paralisação dos funcionários do Hospital Eduardo de Menezes teve início em 10 de janeiro, devido a atrasos no pagamento de salários e benefícios. Segundo o sindicato, a situação afeta diretamente cerca de 1000 trabalhadores. A reunião em Brasília visava encontrar uma solução para o impasse, buscando a retomada imediata das cirurgias eletivas e de urgência no bloco cirúrgico, que permanece fechado desde o início da paralisação.
Embora as partes tenham se reunido para discutir os pontos de divergência, não houve um consenso que levasse à reabertura imediata do bloco cirúrgico. A FHEMIG, em nota oficial, justificou a manutenção do fechamento por questões de segurança e organização interna, sem apresentar detalhes específicos sobre o cronograma de retomada das atividades.
O ponto positivo da reunião foi o anúncio do pagamento de um abono aos funcionários. A FHEMIG não especificou o valor do abono, mas confirmou que ele será pago como forma de compensação pelos atrasos salariais. A data de pagamento deste abono também não foi divulgada.
A situação permanece tensa. O sindicato dos trabalhadores afirmou que continuará mobilizado e atento aos próximos passos da FHEMIG, cobrando o cumprimento das obrigações trabalhistas e a rápida normalização dos serviços no Hospital Eduardo de Menezes. A população, por sua vez, segue prejudicada pela interrupção dos procedimentos cirúrgicos, com o impacto direto na saúde pública mineira. A expectativa é de novas negociações nos próximos dias.