Após recomendação do MP para paralisar obra imediatamente, prefeitura segue cortando árvores sob protestos na Sena Madureira



Prefeitura de São Paulo Ignora Recomendação do MP e Continua Cortando Árvores na Zona Norte Sob Protestos

– A Prefeitura de São Paulo segue com o corte de árvores na região da Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Norte, mesmo após recomendação do Ministério Público para que a obra fosse paralisada imediatamente. A decisão da Prefeitura gerou protestos de moradores e ambientalistas, que denunciam a derrubada de mais de 50 árvores nativas, sem qualquer plano de reposição.

Segundo o Ministério Público, a obra da Avenida Salim Farah Maluf, que prevê a construção de um novo corredor de ônibus, não possui licença ambiental e a Prefeitura não apresentou um plano de reposição para as árvores que estão sendo derrubadas. O MP, então, recomendou a paralisação imediata da obra, alegando que a falta de licença ambiental e de um plano de reposição para a vegetação nativa configuram um “ato ilegal” por parte da Prefeitura.

Apesar da recomendação do MP, as obras seguem em ritmo acelerado e o número de árvores cortadas já chega a 57, incluindo exemplares de grande porte e espécies nativas, como o pau-brasil. A Prefeitura, por sua vez, afirma que a obra é fundamental para melhorar o transporte público na região e que o corte de árvores é necessário para a construção do novo corredor de ônibus.

A justificativa da Prefeitura, no entanto, não convence os moradores da região, que temem o impacto ambiental da obra e a perda da vegetação nativa. “Estamos preocupados com a qualidade do ar e com a perda da sombra das árvores, que amenizam o calor nesta região”, diz Mariana Silva, moradora do bairro e integrante do movimento “SOS Mata Nativa”.

O movimento “SOS Mata Nativa” realiza protestos diários em frente ao local da obra, tentando impedir a derrubada das árvores. “A Prefeitura está priorizando o lucro e o desenvolvimento imobiliário em detrimento da qualidade de vida e do meio ambiente”, critica Mariana.

A situação coloca em evidência o impasse entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental. A Prefeitura, por sua vez, não se manifestou sobre a recomendação do MP e sobre os protestos da comunidade, reforçando o clima de tensão na região.

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