Após nove anos, advogado acusado de entregar droga escondida em sabonete na Papuda é absolvido



Brasília, 26 de novembro de 2024 – Após quase uma década de batalha judicial, o advogado Daniel dos Santos foi absolvido pela Justiça do Distrito Federal da acusação de tráfico de drogas. O caso, que remonta a 2015, envolvia a apreensão de maconha escondida dentro de um sabonete na Penitenciária do Distrito Federal (Papuda), durante uma visita ao então cliente do advogado.

A sentença, proferida nesta segunda-feira, põe fim a um processo longo e complexo que marcou profundamente a vida profissional e pessoal de Daniel. A acusação se baseava na apreensão de 16 gramas de maconha, supostamente entregues por Santos ao seu cliente. O advogado sempre negou a autoria do crime, alegando inocência e sustentando que não tinha conhecimento do conteúdo do sabonete. A defesa argumentou pela falta de provas contundentes que comprovassem a intenção do advogado em traficar drogas.

Ao longo dos nove anos de processo, foram apresentadas diversas testemunhas de defesa que corroboraram a versão de Daniel, atestando sua conduta irrepreensível. Apesar disso, o caso se arrastou por anos, submetendo o advogado a um longo período de incerteza e prejuízos à sua reputação profissional.

A decisão judicial desta segunda-feira, contudo, reconheceu a falta de elementos suficientes para condenar Daniel, declarando-o inocente das acusações. O juiz responsável pela sentença considerou insuficientes as provas apresentadas pela acusação para comprovar a culpa do advogado além de qualquer dúvida razoável.

Para Daniel dos Santos, a absolvição representa o fim de um sofrimento prolongado e a recuperação de sua honra profissional. “Estou aliviado e grato pela Justiça ter finalmente reconhecido minha inocência”, afirmou o advogado em entrevista após a sentença. A decisão encerra um capítulo difícil de sua trajetória profissional, permitindo-lhe retomar plenamente suas atividades com a justiça de sua inocência finalmente reconhecida. O caso serve como um alerta sobre a importância da análise criteriosa das evidências e a presunção de inocência até que se prove o contrário, princípios fundamentais do sistema judiciário brasileiro.

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