Após morte de criança no litoral, entidades voltam a pedir que STF obrigue PM de SP a usar câmeras



Morre criança em São Paulo e entidades pedem ao STF que obrigue PM a usar câmeras

A morte de uma criança de 11 anos em um tiroteio em São Paulo, no último domingo, 10 de novembro, reacendeu o debate sobre o uso de câmeras corporais pela Polícia Militar do estado. Entidades de direitos humanos voltaram a solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine a obrigatoriedade do equipamento para todos os policiais em serviço.

De acordo com a Polícia Civil, a criança foi atingida por um disparo durante um confronto entre policiais e criminosos em uma favela da capital paulista. A família da vítima, que reside no local, relata que a menina estava em casa no momento do tiroteio.

Após o ocorrido, entidades como a Anistia Internacional e o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) se manifestaram publicamente, pedindo ao STF que determine a imediata implementação do uso de câmeras corporais pela PM paulista.

“A ausência de câmeras nos policiais torna impossível a investigação independente e imparcial de casos de violência policial”, afirma o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque. “É fundamental que a justiça seja feita e que as famílias de vítimas de violência policial tenham acesso à verdade.”

O IDDD também se posicionou contra a falta de câmeras, alegando que o equipamento é essencial para garantir a transparência e a responsabilização dos policiais. A entidade afirma que o uso de câmeras corporais já se mostrou eficaz em diversos países para reduzir a violência policial e aumentar a confiança da população nas forças de segurança.

O STF já havia determinado, em 2021, que a PM paulista deveria implementar o uso de câmeras corporais, mas a decisão ainda não foi cumprida. Atualmente, apenas cerca de 10% dos policiais do estado possuem o equipamento.

As entidades defendem que a decisão do STF seja cumprida imediatamente, a fim de evitar novas tragédias e garantir a segurança da população.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *