Após cinco anos de aumento, desmatamento no Cerrado tem queda
Desmatamento no Cerrado cai após cinco anos de crescimento, aponta estudo
Após cinco anos consecutivos de aumento, o desmatamento no Cerrado teve uma queda significativa em 2022, segundo dados do MapBiomas, divulgados nesta terça-feira (28). A área desmatada no bioma em 2022 foi de 7.555 km², um decréscimo de 11% em relação a 2021, quando o desmatamento atingiu 8.503 km².
Apesar da queda, o desmatamento no Cerrado ainda está em níveis alarmantes. O bioma, que abriga a maior biodiversidade do planeta, perde uma área equivalente a 10 campos de futebol por minuto, segundo o MapBiomas. O Cerrado abrange 204 milhões de hectares, o que corresponde a 24% do território brasileiro, sendo um dos biomas mais importantes para a segurança hídrica e alimentar do país.
O estudo do MapBiomas aponta que o desmatamento no Cerrado vem sendo impulsionado principalmente pela expansão da agricultura, principalmente a produção de soja e milho. O estudo também destaca o papel da pecuária como um dos principais motores do desmatamento.
“O Cerrado é um bioma fundamental para o Brasil e para o mundo, e a perda da sua biodiversidade é um problema que afeta a todos”, afirma Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. “É fundamental que o governo brasileiro tome medidas para proteger o Cerrado e garantir a sua conservação para as futuras gerações”.
A queda no desmatamento em 2022 pode ser resultado de diversos fatores, como a intensificação da fiscalização, a criação de novas áreas de proteção e a maior conscientização da sociedade sobre a importância do bioma. No entanto, é preciso ter cautela, pois a área desmatada ainda é muito alta, e os desafios para a proteção do Cerrado são muitos.
A conservação do Cerrado é um desafio crucial para o Brasil e o mundo. A perda da biodiversidade do bioma pode resultar em impactos negativos para o clima, a água, a segurança alimentar e a saúde humana.