Após audiência de custódia, STF mantém a prisão de Braga Netto
STF mantém prisão de Roberto Braga Netto após audiência de custódia
Brasília, 1º de setembro de 2023 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liberdade provisória do general Roberto Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, nesta sexta-feira (1º). A decisão ocorreu após audiência de custódia realizada na sede da Corte em Brasília. Braga Netto foi preso na quarta-feira (30), em cumprimento a mandados expedidos pelo próprio Moraes, no âmbito dos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
A defesa do general argumentou em favor da soltura, alegando ausência de provas concretas que o ligassem diretamente aos atos de vandalismo ocorridos na capital federal. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva, reafirmando a gravidade dos fatos e o risco de Braga Netto obstruir as investigações. Moraes destacou a relevância da manutenção da prisão para garantir a ordem pública e a apuração dos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
A decisão de Moraes considera as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontaram indícios da participação do general nos atos golpistas. Embora não tenham sido divulgados detalhes específicos sobre essas provas durante a audiência, a manutenção da prisão indica a convicção do ministro da necessidade de se manter Braga Netto custodiado para que a investigação prossiga de forma eficaz.
A audiência de custódia, que durou cerca de duas horas, contou com a presença do general, seus advogados e representantes da PGR. O ministro Alexandre de Moraes questionou o general sobre sua participação nos eventos do dia 8 de janeiro e avaliou os argumentos apresentados pela defesa. Ao final, optou por manter a prisão preventiva, demonstrando a preocupação com a necessidade de apurar integralmente os fatos e punir os responsáveis.
A defesa de Braga Netto ainda pode recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes. A expectativa é que o caso continue gerando debates acalorados sobre o alcance das investigações dos atos antidemocráticos e a aplicação da lei aos envolvidos, independentemente de sua posição social ou cargo anteriormente ocupado. A manutenção da prisão do general demonstra a firmeza do STF em apurar rigorosamente os acontecimentos de 8 de janeiro e responsabilizar os participantes.