Apoiadores de Evo Morales mantêm 200 soldados reféns na Bolívia, diz governo
Apoiadores de Evo Morales detiveram 200 soldados na Bolívia, diz governo
– O governo da Bolívia acusou apoiadores do ex-presidente Evo Morales de deter cerca de 200 soldados na região de Cochabamba, no centro do país. O incidente aconteceu durante um protesto na noite de quinta-feira (1º de novembro), em que manifestantes exigiam a libertação de um grupo de pessoas detidas durante um ataque a um posto policial no último dia 30 de outubro.
De acordo com o ministro da Defesa, Edmundo Novillo, os soldados foram “sequestrados” e mantidos em cativeiro por cerca de 12 horas. Eles foram libertados após a intervenção de autoridades locais e da Polícia Nacional. Novillo afirmou que o ataque ao posto policial e o posterior sequestro dos soldados foram “atos de terrorismo” e “uma tentativa de desestabilizar o país”.
O governo boliviano condenou os atos de violência e afirmou que está investigando o caso. O presidente Luis Arce, que assumiu o cargo em 2020 após a renúncia de Morales, acusou o ex-presidente de “instigar a violência” e de “tentar desestabilizar a democracia boliviana”.
A tensão na Bolívia tem aumentado nos últimos meses, com os apoiadores de Morales realizando protestos frequentes e exigindo novas eleições. Morales foi deposto em 2019 após acusações de fraude eleitoral, e fugiu para a Argentina.
O sequestro dos soldados é o último capítulo de uma escalada de violência política na Bolívia. A situação coloca em risco a frágil estabilidade política do país e aumenta as preocupações com a possibilidade de um novo conflito social.