Apoiadores de Evo Morales detêm 200 soldados na Bolívia



Apoiadores de Evo Morales Detêm 200 Soldados na Bolívia, Diz Governo

Em meio à crise política que abala a Bolívia desde a renúncia de Evo Morales em novembro de 2019, um novo capítulo de tensão se desenrolou nesta quarta-feira (11). De acordo com o governo interino do país, cerca de 200 soldados foram detidos por apoiadores do ex-presidente em uma área rural no departamento de Cochabamba. O incidente, que ocorreu durante a madrugada, eleva ainda mais o clima de instabilidade na nação andina.

Segundo o ministro da Defesa, Luis Fernando López, os militares estavam em missão de patrulhamento na região de Chapare, onde se concentram plantações de coca, quando foram emboscados e capturados. O ministro afirmou que o grupo de apoiadores de Morales, conhecido como “cocaleros”, sequestrou os soldados e os levou para um local desconhecido.

O governo interino, liderado por Jeanine Áñez, condenou o ato como “um ato de terrorismo” e exigiu a libertação imediata dos militares. Áñez também anunciou o envio de tropas adicionais para a região, com o intuito de resgatar os soldados.

O incidente ocorre em meio a uma onda de protestos que vem ocorrendo em várias partes do país, organizada pelos apoiadores de Morales, que acusam o governo interino de golpe de Estado. A crise política se intensificou após as eleições presidenciais de outubro de 2019, nas quais Morales, buscando um quarto mandato, foi acusado de fraude.

As tensões na Bolívia se mantêm elevadas e a situação continua sendo monitorada de perto pela comunidade internacional. O incidente com a detenção dos soldados representa mais um capítulo da crise política, que ainda não tem previsão de resolução.

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