Ao lado de Bukele, Trump diz querer deportar ‘o máximo possível’ de imigrantes para El Salvador e que ajudaria a pagar por mais megapresídios



Washington, 14 de abril de 2025 – O ex-presidente americano Donald Trump recebeu o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na Casa Branca nesta segunda-feira, em meio a protestos contra a visita. A reunião, que ocorreu no Salão Oval, marcou o primeiro encontro oficial entre os dois líderes desde que Trump deixou o cargo. A visita de Bukele gerou controvérsia devido às preocupações com o seu governo, acusado de autoritarismo e violações de direitos humanos por organizações internacionais.

Grupos de direitos humanos e ativistas se manifestaram em frente à Casa Branca, condenando o encontro entre Trump e Bukele. Os manifestantes criticam o que consideram um apoio tácito de Trump ao governo de Bukele, alegando que o ex-presidente ignora o crescente autoritarismo no país centro-americano. As críticas se intensificaram após Bukele declarar estado de exceção em El Salvador em 2022, em resposta a uma onda de violência por gangues. Essa medida, embora tenha resultado em uma queda significativa nos homicídios – de uma média de 52 por dia para apenas 1 por dia, segundo dados do governo salvadorenho – também gerou preocupações com a erosão das liberdades civis e o aumento das prisões arbitrárias.

Embora a Casa Branca não tenha divulgado detalhes sobre a agenda da reunião, espera-se que a discussão tenha abordado temas econômicos e de segurança. A aproximação entre Trump e Bukele tem sido vista por analistas como uma estratégia de ambos os líderes para fortalecer suas posições políticas. Trump, que busca se manter relevante na cena política americana, pode ver Bukele como um aliado estratégico na América Latina. Já Bukele, que busca reconhecimento internacional, pode estar buscando legitimidade para seu governo através de uma aliança com uma figura de grande peso político, ainda que polêmica.

A visita de Bukele à Casa Branca, portanto, é mais do que um simples encontro diplomático; representa um momento significativo na política americana e latino-americana, expondo a complexa relação entre a promoção de segurança e a proteção dos direitos humanos. As controvérsias geradas pela reunião, especialmente em meio a protestos veementes, destacam a fragilidade da imagem internacional de Bukele e as fortes divergências sobre a sua administração em El Salvador. A ausência de informações detalhadas sobre a reunião em si, até o momento, deixa em aberto importantes questões sobre os acordos e entendimentos alcançados entre os dois líderes.

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