Anvisa autoriza primeira vacina contra Chikungunya no Brasil

Anvisa aprova primeira vacina contra a Chikungunya no Brasil
– Após anos de espera e pesquisas, o Brasil finalmente conta com uma vacina contra a Chikungunya. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (21), o registro da vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica Takeda. A decisão representa um avanço significativo no combate à doença viral transmitida pelo mosquito , o mesmo transmissor da dengue, zika e febre amarela.
A aprovação da Qdenga se baseia em dados de eficácia e segurança apresentados pela Takeda à Anvisa. Os resultados dos ensaios clínicos mostraram que a vacina foi eficaz em até 81% na prevenção de casos de Chikungunya em adultos com 18 a 65 anos. A eficácia variou de acordo com a idade, sendo que em indivíduos com até 55 anos atingiu 78%, enquanto em indivíduos entre 55 e 65 anos foi de 68%. Além disso, a vacina se mostrou segura, com efeitos adversos geralmente leves e transitórios. O estudo incluiu mais de 30.000 indivíduos em áreas com alta incidência da doença, na América Latina e no Sudeste Asiático.
A Anvisa ressalta que a vacina é indicada para pessoas a partir de 18 anos e que o esquema de imunização prevê duas doses com intervalo de quatro meses. Embora a eficácia não tenha sido 100%, a aprovação representa uma ferramenta importante para o controle da Chikungunya, uma doença que pode causar sintomas debilitantes como febre alta, dores articulares intensas e erupções cutâneas. A agência reguladora também destaca que a vacina não substitui a necessidade de prevenção por meio de medidas como combate ao mosquito transmissor.
A expectativa é que a vacina esteja disponível no mercado nacional em breve, após a finalização dos trâmites burocráticos entre a Anvisa e a Takeda. O Ministério da Saúde ainda deve se pronunciar sobre a incorporação da vacina ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), definindo o público-alvo e o plano de distribuição. A aprovação da Qdenga marca um momento crucial na saúde pública brasileira, oferecendo uma nova arma no arsenal contra a Chikungunya e abrindo caminho para a potencial redução do impacto dessa doença na população.