Antes e depois: como a França conseguiu reconstruir Notre-Dame em 5 anos
Paris, 30 de novembro de 2024 – Cinco anos após o devastador incêndio que chocou o mundo, a Catedral de Notre-Dame, em Paris, reabre suas portas. A reconstrução, um desafio monumental de engenharia e preservação histórica, foi concluída dentro do prazo previsto, um feito que celebra a resiliência francesa e a maestria artesanal. O processo, meticuloso e repleto de desafios técnicos, resultou na recuperação de um patrimônio inigualável, símbolo da identidade francesa e da arquitetura gótica mundial.
O incêndio, ocorrido em 15 de abril de 2019, destruiu grande parte da cobertura e da estrutura de madeira da catedral, conhecida como “a floresta”. A perda foi imensa, mas a determinação em reconstruir foi ainda maior. O presidente Emmanuel Macron, logo após a tragédia, prometeu a reconstrução em cinco anos, um prazo que, apesar do ceticismo inicial, foi cumprido.
A reconstrução envolveu um trabalho minucioso de milhares de pessoas, de artesãos especializados a engenheiros e arquitetos. A remoção de escombros e a estabilização da estrutura danificada foram os primeiros passos, seguidos pela meticulosa recuperação de artefatos e fragmentos históricos. O desafio de reconstruir a complexa estrutura de madeira, utilizando técnicas tradicionais, consumiu uma parte significativa do esforço. A cobertura, reconstruída com carvalho francês proveniente de florestas certificadas, respeita o design original.
Mais de 85% da floresta que compõe a estrutura de madeira da catedral foi recuperada, demonstrando a destreza dos especialistas envolvidos. O trabalho de restauração das centenas de esculturas, vitrais e outros elementos artísticos também foi executado com extrema precisão, preservando a riqueza histórica e artística de Notre-Dame.
A ambiciosa meta de reconstrução, orçada em 850 milhões de euros, contou com doações nacionais e internacionais, mostrando a importância global do monumento. O sucesso da empreitada demonstra não apenas a capacidade de reconstruir um ícone arquitetônico, mas também o poder da união e da perseverança na preservação do patrimônio cultural.
A reabertura da Catedral de Notre-Dame é mais do que a conclusão de uma obra monumental; é um símbolo de esperança, resiliência e a prova tangível do poder da memória e da reconstrução. A catedral, restaurada à sua antiga glória, permanece como um marco emblemático de Paris e um testemunho da grandiosidade do espírito humano.