Alexandre de Moraes mantém delação premiada de Mauro Cid após novo depoimento
Brasília, 21 de novembro de 2024 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após Cid prestar um novo depoimento à Corte, em que reiterou as informações prestadas anteriormente em seu acordo de colaboração. A manutenção da delação é um revés para a defesa de Cid, que buscava anular o acordo.
A defesa de Mauro Cid havia alegado que o acordo de delação premiada foi obtido de forma ilegal e que o conteúdo apresentado por Cid não era suficiente para justificar a sua colaboração com a Justiça. Entretanto, após a análise do novo depoimento, o ministro Alexandre de Moraes considerou que as informações prestadas pelo tenente-coronel se mantêm relevantes para as investigações em curso e continuam a contribuir significativamente para o esclarecimento dos fatos. A decisão não detalha o conteúdo do novo depoimento, preservando o sigilo das informações.
A delação de Mauro Cid é considerada crucial para as investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, bem como para outros inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Suas declarações já levaram à abertura de novas linhas de investigação e foram fundamentais para a apuração de diversos crimes. A manutenção do acordo de colaboração garante a continuidade do acesso a informações privilegiadas e a possível condenação de outros envolvidos nos episódios.
A decisão de Moraes reforça a importância da delação premiada como instrumento de combate à criminalidade, mesmo diante de questionamentos por parte da defesa. A manutenção do acordo de Mauro Cid sinaliza que o STF mantém seu compromisso com a apuração completa dos fatos relacionados aos atos de 8 de janeiro e à preservação da ordem democrática. A defesa de Cid ainda pode recorrer da decisão.