Além do diagnóstico: cerca de 23% dos pacientes com HIV no mundo não recebe tratamento, alerta UNAIDS



Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2024 – A UNAIDS divulgou um alerta preocupante: aproximadamente 23% das pessoas vivendo com HIV em todo o mundo não têm acesso ao tratamento adequado. O dado, divulgado nesta terça-feira, destaca a necessidade urgente de ações mais eficazes para garantir o acesso universal a medicamentos e cuidados para todos os portadores do vírus. A falta de acesso a tratamentos representa um obstáculo significativo na luta contra a epidemia de HIV/AIDS global, comprometendo os esforços para controlar a transmissão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O relatório da UNAIDS não detalha as razões específicas para essa alta porcentagem de pacientes sem acesso ao tratamento, mas aponta para uma série de fatores complexos e interligados que contribuem para essa realidade. Entre eles, estão as desigualdades em termos de acesso a serviços de saúde, especialmente em países de baixa e média renda; a estigmatização e a discriminação associadas ao HIV; a falta de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo; e as dificuldades de acesso geográfico aos serviços de saúde, especialmente em áreas remotas.

A organização internacional ressalta a importância de investimentos contínuos em programas de prevenção, diagnóstico, tratamento e apoio aos pacientes com HIV. A UNAIDS enfatiza a necessidade de estratégias inovadoras para alcançar as populações mais vulneráveis, incluindo grupos marginalizados e comunidades com menor acesso a serviços de saúde. Além disso, destaca-se a urgência de fortalecer os sistemas de saúde para garantir que o tratamento seja acessível e sustentável a longo prazo para todos que precisam.

A falta de acesso ao tratamento para um quarto dos pacientes com HIV representa um retrocesso significativo na luta contra a doença. A UNAIDS faz um apelo à comunidade internacional para que redobre seus esforços em prol de uma resposta global mais equitativa e eficaz, garantindo que todas as pessoas vivendo com HIV possam acessar os cuidados de que precisam para viver uma vida longa e saudável. A organização reforça a importância da colaboração entre governos, organizações da sociedade civil e parceiros internacionais para alcançar as metas de eliminação da AIDS até 2030.

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