Além de Maduro, Lula se afastou também de Daniel Ortega, da Nicarágua



Lula distancia-se de Maduro e Ortega, sinalizando mudança na política externa brasileira

– O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sinalizando uma mudança sutil, porém significativa, na política externa brasileira em relação a regimes autoritários na América Latina. Após sua posse, a aproximação com Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua, que se manteve inicialmente, parece estar dando lugar a uma postura mais cautelosa e distante. A reaproximação com os países vizinhos, em particular, não se deu com a mesma intensidade em relação a estes dois líderes.

A reportagem da Carta Capital revela um distanciamento estratégico de Lula em relação a ambos os governantes. Embora tenha mantido um diálogo inicial, o presidente brasileiro não demonstrou o mesmo entusiasmo em estreitar laços com Maduro e Ortega que demonstrou com outros líderes latino-americanos. Essa mudança de postura não foi declarada abertamente, mas se manifesta em uma menor frequência de contatos e ausência de declarações públicas de apoio tão enfáticas como as vistas em outras relações bilaterais. A reportagem destaca a ausência de Lula em eventos internacionais onde a presença de Maduro e Ortega era esperada, indicando uma estratégia diplomática mais seletiva.

A análise sugere que a cautela de Lula em relação a Maduro e Ortega pode estar ligada a pressões internas e internacionais. A preocupação com a imagem do Brasil no cenário global, somada à necessidade de equilibrar as relações com os Estados Unidos e a União Europeia, pode ter influenciado a decisão de adotar uma postura menos próxima a esses líderes, conhecidos por suas práticas autoritárias e violações de direitos humanos. A reportagem não especifica detalhes sobre essas pressões, mas sugere que elas foram um fator importante na mudança de estratégia do governo brasileiro.

A mudança na política externa brasileira em relação a Maduro e Ortega, embora sutil, representa um desvio significativo em comparação com a aproximação inicial. A ausência de um alinhamento total com esses regimes, evidenciado pela falta de declarações de apoio explícito e pela redução do contato diplomático, indica uma postura mais pragmática e cautelosa por parte do governo Lula, priorizando, aparentemente, uma política externa mais equilibrada e alinhada com os interesses estratégicos do Brasil no cenário internacional. A observação atenta dos próximos passos diplomáticos do governo brasileiro em relação a Venezuela e Nicarágua será crucial para entender a extensão e a durabilidade desta mudança de postura.

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