Ajuda humanitária chega a ribeirinhos do rio Madeira em meio a crise da estiagem
Ajuda humanitária chega a ribeirinhos do Rio Madeira em meio à pior estiagem em 120 anos
A seca histórica que assola a região amazônica, considerada a pior em 120 anos, atinge com força os ribeirinhos do Rio Madeira, no estado de Rondônia. Para amenizar a crise, o governo federal, por meio da Defesa Civil, iniciou nesta segunda-feira (10/11) a entrega de ajuda humanitária para as comunidades afetadas.
A estiagem, que já dura mais de 100 dias, baixou o nível do rio Madeira em 60%, impactando diretamente a vida de milhares de pessoas. A pesca, principal fonte de renda para os ribeirinhos, foi drasticamente prejudicada, deixando muitas famílias em situação de vulnerabilidade. O acesso à água potável também está comprometido, com relatos de doenças como diarreia e verminoses.
“A situação é muito difícil”, relata a dona de casa Maria da Silva, moradora da comunidade de São Francisco, no município de Porto Velho. “O rio está seco, não tem peixe, e a água está contaminada. Estamos comendo o que conseguimos plantar na horta, mas a comida está acabando.”
A ajuda humanitária, que será distribuída em 12 municípios, inclui alimentos não perecíveis, água potável, kits de higiene e materiais de construção para reparo de casas danificadas pela seca. O governo também está disponibilizando barcos para o transporte de água e de pessoas em situação de risco.
“A prioridade é atender as necessidades básicas da população atingida pela seca”, afirma o coordenador da Defesa Civil, João Silva. “Estamos trabalhando para garantir o acesso à água, à alimentação e aos cuidados de saúde.”
Apesar das medidas emergenciais, a situação no Rio Madeira continua crítica. A previsão é que a estiagem se intensifique nos próximos meses, aumentando ainda mais o sofrimento da população ribeirinha.
“Esperamos que a situação melhore com as chuvas, mas a seca é um problema que exige ações preventivas e investimentos a longo prazo para garantir a segurança alimentar e a qualidade de vida da população ribeirinha”, alerta o coordenador da Defesa Civil.