AGU pede que Facebook remova deepfake de Haddad sobre falso ‘imposto do cachorrinho’
AGU pede remoção de deepfake de Haddad que associa o PT a falso imposto de “cachorrinho”
– A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com pedido formal nesta sexta-feira (28) para que o Facebook, agora Meta, remova da plataforma um vídeo manipulado (“deepfake”) do ex-ministro e pré-candidato à Presidência Fernando Haddad. A gravação falsa o mostra supostamente anunciando um novo imposto para cães e gatos, com o objetivo claro de prejudicar sua imagem e associar o Partido dos Trabalhadores (PT) a uma medida impopular.
O vídeo, que circula nas redes sociais, utiliza tecnologia de inteligência artificial para criar uma representação convincente de Haddad, atribuindo-lhe declarações inverídicas sobre um alegado “imposto do cachorrinho”. A AGU argumenta que a disseminação do conteúdo configura crime contra a honra do ex-ministro e viola os direitos da personalidade, além de promover desinformação em escala preocupante.
A ação judicial busca a remoção imediata do deepfake de todas as plataformas da Meta, incluindo Instagram e Facebook. A AGU destaca a gravidade da manipulação, alertando para os potenciais danos à imagem de Haddad e à própria credibilidade do processo eleitoral. O órgão ressalta o potencial de influência de conteúdo falso nas eleições, especialmente considerando o alcance significativo das redes sociais no cenário político atual.
A peça jurídica apresentada à Justiça destaca o caráter malicioso do deepfake e a necessidade de responsabilizar os responsáveis pela criação e disseminação do vídeo. A AGU alega que a Meta, como plataforma detentora do conteúdo, possui a responsabilidade de moderar e remover materiais que violem os termos de uso e a legislação brasileira. A decisão judicial sobre o pedido de remoção ainda aguarda julgamento.
A ação demonstra a crescente preocupação das autoridades com a proliferação de deepfakes e o impacto que essa tecnologia pode ter na política e na sociedade como um todo. A estratégia da AGU demonstra a importância da luta contra a desinformação e a defesa da imagem de figuras públicas em face de ataques com o uso de tecnologias de manipulação digital. O caso serve como um alerta sobre os perigos da manipulação de vídeos e a necessidade de maior transparência e responsabilidade por parte das plataformas digitais na moderação de seus conteúdos.