Agência declara situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai pela 2ª vez no ano



– A Autoridade Pública em Hidrovias (APH) declarou, nesta segunda-feira (26), situação crítica de escassez hídrica no Rio Paraguai pela segunda vez em 2024. O baixo nível do rio afeta a navegação e o transporte de cargas na região, com impactos significativos para a economia da região Centro-Oeste do Brasil e países vizinhos.

A situação, segundo a APH, é ainda mais preocupante do que em julho, quando a primeira situação de emergência foi declarada. Atualmente, o rio apresenta em alguns pontos apenas 1,5 metro de profundidade navegável, uma situação que compromete seriamente o tráfego de embarcações de grande porte. Em comparação com a média histórica para o mês de novembro, o nível do rio está 2,3 metros abaixo, revelando a gravidade da seca.

A APH informa que, além da redução significativa do calado, que impacta diretamente na capacidade de carga das embarcações, a velocidade das correntes também está comprometida, resultando em aumento dos tempos de viagem e, consequentemente, nos custos do transporte.

A declaração de situação crítica de escassez hídrica permite que a APH tome medidas emergenciais para mitigar os impactos da seca, incluindo a possibilidade de restrições na navegação e a implementação de novas rotas alternativas, quando possível. A agência também reforça a necessidade de monitoramento constante do nível do rio e a colaboração entre os diversos setores envolvidos, como órgãos governamentais, empresas de transporte e produtores rurais, para minimizar os prejuízos.

A APH ressalta que as medidas tomadas visam a segurança da navegação e a preservação do meio ambiente, minimizando os impactos da seca na economia regional. A agência continuará monitorando a situação de perto e atualizará as informações regularmente. A expectativa é de que a situação crítica perdure enquanto não houver mudanças significativas no regime de chuvas na região. A falta de chuvas suficientes nos últimos meses é apontada como a principal causa da baixa no nível do rio Paraguai.

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