Advogados dos acusados de hostilizar Moraes e a família dele em aeroporto em Roma apresentam retratação ao STF
Roma, 28 de novembro de 2024 – A polêmica envolvendo a suposta hostilização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua família em um aeroporto de Roma ganhou novo capítulo nesta quarta-feira. Os advogados dos acusados apresentaram ao STF um pedido de retratação pelos atos ocorridos no dia 23 de novembro. A informação foi confirmada pelo próprio ministro, que relatou o incidente em sua conta no X (antigo Twitter).
O episódio teria ocorrido no Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Fiumicino, Roma. Segundo a narrativa inicial, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro teriam cercado o ministro e sua família, proferindo ofensas e ameaças. A descrição dos fatos, feita por Moraes, incluiu gritos de “bandido”, “vagabundo”, e outras agressões verbais que causaram pânico e constrangimento à família. A gravidade das alegações levou o ministro a registrar um boletim de ocorrência na Itália e a instaurar um inquérito no Supremo Tribunal Federal para apurar o ocorrido.
A retratação apresentada pelos advogados dos acusados não detalha os termos exatos do pedido, nem o nome dos envolvidos, sendo mantidas sob sigilo as identidades dos acusados pela reportagem. No entanto, a iniciativa demonstra uma tentativa de apaziguar a situação e evitar maiores consequências legais. O STF ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido de retratação. O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia nacional, continua sob investigação. A expectativa é de que o Supremo analise o pedido e decida os próximos passos da investigação.
A apresentação da retratação pode ser interpretada como um indício de arrependimento por parte dos acusados, mas também uma estratégia legal para minimizar possíveis punições. Resta agora ao STF avaliar a sinceridade do pedido e decidir se a retratação será suficiente para encerrar o inquérito ou se a investigação prosseguirá para apurar as responsabilidades individuais dos envolvidos na suposta hostilização. O desenrolar dos fatos certamente manterá o caso em foco no cenário político e jurídico brasileiro.