Advogado denuncia que filho foi agredido com chutes e golpes de madeira por oito policiais do Bope: ‘foi torturado’



Boa Vista, RR – Um advogado denunciou à Polícia Civil de Roraima que seu filho, de 20 anos, foi agredido por policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) na noite de segunda-feira (9), em Boa Vista. Segundo a denúncia, o jovem teria sido torturado com chutes e golpes de madeira, sofrendo lesões graves.

O advogado, cujo nome não foi divulgado para preservar a identidade do filho, relatou que seu filho estava em casa quando foi abordado pelos policiais. A versão oficial da ocorrência não foi divulgada pela Polícia Militar de Roraima até o momento da publicação desta matéria. O advogado afirma que os policiais não apresentaram mandado de busca e apreensão e que as agressões ocorreram sem justificativa. Ele descreveu as agressões como um ato de tortura, alegando que seu filho foi atingido com chutes e golpes de madeira em diversas partes do corpo, causando hematomas e ferimentos visíveis.

O jovem foi levado para o Hospital Geral de Roraima (HGR) após as agressões. A unidade médica confirmou o atendimento do rapaz, mas não divulgou detalhes sobre seu estado de saúde, alegando sigilo médico. Imagens que circulam nas redes sociais e que teriam sido obtidas pelo advogado mostram os ferimentos sofridos pelo jovem, corroborando as alegações de agressão. Entretanto, a autenticidade destas imagens não foi confirmada pelas autoridades.

A Polícia Civil de Roraima abriu um inquérito para apurar as denúncias de agressão e tortura. As investigações estão em andamento e visam apurar a conduta dos policiais envolvidos no incidente, determinar a veracidade dos fatos e identificar os responsáveis. A delegada responsável pelo caso ainda não se pronunciou sobre o andamento das investigações, nem sobre o prazo previsto para a conclusão do inquérito.

O caso gerou indignação nas redes sociais, com muitos internautas manifestando repúdio à violência policial e exigindo justiça. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Roraima também se manifestou sobre o ocorrido, expressando preocupação com a denúncia e solicitando celeridade na apuração dos fatos. A OAB-RR acompanha o caso e prestará toda a assistência jurídica necessária ao advogado e seu filho. A Polícia Militar de Roraima ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

A conclusão deste caso depende da investigação conduzida pela Polícia Civil, que deverá determinar se houve ou não abuso de autoridade e, consequentemente, aplicar as sanções cabíveis aos responsáveis. A expectativa é de que novas informações sejam divulgadas nos próximos dias, à medida que as investigações avançam.

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