Advogado brasileiro suspeito de tráfico de 2,6 toneladas de droga em Guiné-Bissau começa a ser julgado
Advogado Brasileiro Entra em Julgamento por Tráfico de 26 Toneladas de Droga na Guiné-Bissau
Bissau, Guiné-Bissau – O advogado brasileiro, André Luiz de Oliveira, começou a ser julgado nesta segunda-feira (25) na Guiné-Bissau, acusado de tráfico internacional de drogas. O processo gira em torno de 26 toneladas de cocaína apreendidas pelas autoridades guineenses em novembro de 2022, um caso que chamou atenção internacional pela magnitude da apreensão e pela suposta participação de um profissional do direito.
O Ministério Público da Guiné-Bissau acusa Oliveira de ser o articulador central de uma complexa operação de tráfico de drogas, que envolveria o transporte de uma quantidade significativa de cocaína com destino à Europa. As 26 toneladas apreendidas representam uma das maiores apreensões de cocaína já registradas na África Ocidental. A acusação detalha a suposta participação de Oliveira em todo o processo, desde a organização logística do transporte até a coordenação dos envolvidos na operação.
Segundo a reportagem da Carta Capital, a defesa de Oliveira nega veementemente as acusações. Os advogados argumentam que seu cliente foi vítima de uma armação e que não há provas suficientes para incriminá-lo. A defesa busca demonstrar a fragilidade das evidências apresentadas pelo Ministério Público e questiona a legalidade de algumas etapas da investigação.
A audiência desta segunda-feira (25) marcou o início do julgamento, com a apresentação das acusações e a defesa preliminar. A expectativa é de que o processo se estenda por várias sessões, com a apresentação de testemunhas e provas de ambas as partes. O julgamento de André Luiz de Oliveira é um caso de grande repercussão na Guiné-Bissau e no Brasil, levanto questionamentos sobre a atuação de profissionais liberais em atividades criminosas de grande porte e os desafios enfrentados pelas autoridades na luta contra o tráfico internacional de drogas.
A sentença final, ainda sem data prevista, definirá o destino do advogado brasileiro, que pode ser condenado a uma pena de prisão significativa caso as acusações sejam comprovadas. O caso também destaca a complexa realidade do tráfico internacional de drogas na região da África Ocidental, reforçando a necessidade de cooperação internacional para combater esse tipo de crime organizado.