Acusado de matar companheira dois dias após deixar a prisão será julgado em março; veja cronograma do Tribunal do Júri
De volta à prisão, acusado de feminicídio será julgado em março no Tocantins
Palmas, Tocantins – Francisco das Chagas Pereira, acusado de matar a companheira apenas dois dias após deixar a prisão, terá seu julgamento marcado para o dia 11 de março de 2025. A informação foi divulgada pelo Tribunal do Júri da comarca de Porto Nacional, no Tocantins, nesta segunda-feira (14/01/2025). A decisão encerra meses de espera pela família da vítima, Francisca Pereira da Silva, e reacende o debate sobre a eficácia do sistema prisional e a proteção às mulheres em situação de violência doméstica.
O crime chocante ocorreu em 2024, dias depois da soltura de Pereira. Ele havia cumprido pena por outro crime. De acordo com o processo, Pereira teria assassinado Francisca em um ato de violência extrema. As investigações da Polícia Civil apontaram Pereira como o principal suspeito, e o inquérito policial foi concluído com o indiciamento do acusado por feminicídio. A prisão preventiva de Pereira foi decretada pela justiça após a conclusão do inquérito, garantindo que ele permaneça detido até o julgamento.
O Tribunal do Júri de Porto Nacional divulgou o cronograma completo do julgamento, incluindo a data da seleção dos jurados e a apresentação das alegações finais da acusação e da defesa. O julgamento está previsto para iniciar às 8h do dia 11 de março, no Fórum da cidade. A expectativa é de grande repercussão do caso, dada a gravidade do crime e a proximidade temporal entre a saída da prisão e o assassinato da vítima.
A promotoria de justiça irá apresentar todas as evidências reunidas durante a investigação, buscando a condenação de Francisco das Chagas Pereira pela prática de feminicídio. A defesa do acusado, por sua vez, terá a oportunidade de apresentar seus argumentos em defesa do réu. A família de Francisca Pereira da Silva espera que a justiça seja feita e que o réu seja responsabilizado pelo crime cometido.
O caso reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes para o enfrentamento à violência contra a mulher, incluindo a revisão dos mecanismos de monitoramento de presos e a implementação de medidas de proteção para vítimas de violência doméstica. A sentença proferida em março de 2025 será crucial para demonstrar a capacidade do sistema de justiça em punir crimes dessa natureza e oferecer algum consolo à família de Francisca.