A posse de Donald Trump: como o presidente dos EUA quer mudar a economia, e os efeitos para o Brasil
Nova York, 20 de janeiro de 2025 – A pré-candidatura de Donald Trump à presidência dos EUA em 2024 reacendeu debates sobre suas propostas econômicas e seus possíveis impactos globais, especialmente para o Brasil, importante parceiro comercial americano. O ex-presidente republicano já sinalizou mudanças significativas em políticas comerciais e energéticas que poderiam afetar diretamente a economia brasileira.
Segundo especialistas, a plataforma econômica de Trump, caso ele vença as eleições, se concentraria em fortalecer a indústria americana, priorizando a produção nacional em detrimento de importações. Isso poderia resultar em um aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, impactando setores como a agroindústria, um dos pilares da economia nacional. Ainda não há números precisos sobre o quanto as exportações brasileiras poderiam ser afetadas, mas a incerteza gerada por essa possibilidade já preocupa o mercado.
Outro ponto crucial é a política energética. Trump defende o aumento da produção de petróleo e gás nos EUA, o que poderia levar a uma redução dos preços internacionais e impactar a competitividade do petróleo brasileiro no mercado global. A possível redução da demanda por petróleo brasileiro, somada a uma eventual queda nos preços, poderia gerar prejuízos significativos para a balança comercial brasileira e para empresas do setor.
Adicionalmente, as propostas de Trump para renegociação de acordos comerciais, incluindo o USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá), poderiam ter consequências para o Brasil. Embora o Brasil não seja parte do USMCA, a renegociação de acordos comerciais entre os EUA e seus principais parceiros pode influenciar as relações comerciais com o Brasil, criando incertezas para o comércio bilateral. A imprevisibilidade quanto às políticas comerciais de um governo Trump aumenta o risco para investimentos estrangeiros no Brasil, dificultando o crescimento econômico.
A incerteza gerada pelas propostas econômicas de Trump é um fator de risco para a economia brasileira. A dependência do Brasil em relação ao mercado americano torna o país especialmente vulnerável a mudanças nas políticas comerciais e energéticas dos EUA. Especialistas alertam para a necessidade de o Brasil monitorar de perto a campanha eleitoral americana e se preparar para possíveis cenários adversos, diversificando seus parceiros comerciais e buscando fortalecer a sua própria produção interna. A expectativa é de que a próxima campanha presidencial americana seja decisiva para o futuro da economia global, com repercussões diretas e significativas para o Brasil.