A nova crítica de Xi Jinping ao tarifaço de Trump



São Paulo, 21 de novembro de 2023 – O presidente chinês, Xi Jinping, voltou a criticar duramente as políticas tarifárias implementadas pelo ex-presidente americano Donald Trump, durante um discurso na abertura da cúpula do APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) em Bangkok, na Tailândia. Xi, sem citar Trump nominalmente, lembrou os impactos negativos que essas medidas tiveram na economia global, argumentando que o unilateralismo e o protecionismo prejudicam a todos.

Segundo o líder chinês, o crescimento econômico global já vinha sofrendo com a pandemia de Covid-19 quando as políticas protecionistas foram implementadas, agravando ainda mais a situação. Ele destacou que as tarifas impostas por Trump, em especial aquelas que atingiram o comércio bilateral entre China e Estados Unidos, afetaram significativamente as cadeias de suprimentos globais e contribuíram para a inflação em diversos países. Xi não apresentou dados numéricos específicos sobre o impacto das tarifas na economia chinesa, mas enfatizou a necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios econômicos atuais.

O discurso de Xi Jinping ocorre em um contexto de crescente tensão geopolítica entre a China e os Estados Unidos, embora a administração Biden tenha demonstrado uma postura menos agressiva em relação à China do que a de seu antecessor. Embora a retórica tenha mudado, as disputas comerciais e tecnológicas entre as duas potências continuam presentes, e a crítica de Xi serve como um lembrete das consequências de longo alcance das políticas protecionistas do passado recente.

A cúpula do APEC, na qual Xi fez suas declarações, reúne líderes de 21 economias da região Ásia-Pacífico, representando mais de 60% da economia mundial. A escolha deste fórum para tecer as críticas reforça a preocupação da China com a estabilidade econômica global e a busca por um sistema comercial multilateral mais justo e equilibrado. A mensagem de Xi Jinping, portanto, transcende a simples crítica a Trump, servindo como um apelo por uma maior cooperação internacional e uma rejeição às políticas protecionistas que, segundo ele, prejudicam o crescimento econômico global.

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