5 anos após ‘Massacre de Paraisópolis’, 12 PMs acusados de matar 9 jovens em baile funk ainda nem foram interrogados pela Justiça



Cinco anos após o Massacre de Paraisópolis: Impunidade persiste no caso dos nove jovens mortos

São Paulo, 1º de dezembro de 2024 – Cinco anos se passaram desde o trágico massacre de Paraisópolis, ocorrido em 1º de dezembro de 2019, e a lentidão da Justiça continua a chocar e indignar. Nove jovens perderam suas vidas durante um baile funk em uma ação policial violenta, e até hoje, os policiais militares acusados pelos crimes ainda não foram interrogados pela Justiça.

A chacina, que ocorreu durante uma operação da Polícia Militar em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, deixou marcas profundas na população local e gerou indignação em todo o país. Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram policiais militares atirando indiscriminadamente contra a multidão. A perícia apontou que as vítimas foram mortas por disparos de armas de fogo.

Apesar do tempo decorrido e da gravidade dos fatos, o processo ainda se encontra em fase inicial. Segundo a reportagem do G1, nenhum dos policiais militares acusados foi interrogado, cinco anos após a tragédia. A demora na instrução do processo gera frustração entre familiares das vítimas e a população, que esperam por justiça e responsabilização dos agentes envolvidos.

O inquérito policial, que teve seu prazo de conclusão prorrogado, investigou as circunstâncias do ocorrido e apontou indícios de homicídios dolosos, além de outros crimes como abuso de autoridade e falsidade ideológica. A demora na apuração e na condução do processo judicial levanta questionamentos sobre a eficiência do sistema de justiça em casos que envolvem policiais militares.

A falta de celeridade na investigação e no julgamento dos acusados alimenta a sensação de impunidade, o que aprofunda a desconfiança da população em relação às instituições policiais e ao sistema judiciário. Familiares das vítimas, que buscam justiça e a punição dos responsáveis pelo massacre, lutam contra o tempo e a inércia do processo, enfrentando a dor da perda e a luta por reparação.

Cinco anos após o massacre, a falta de interrogatórios dos policiais militares acusados representa uma grave falha na busca por justiça para as vítimas e seus familiares. A impunidade, além de gerar indignação, alimenta a sensação de vulnerabilidade nas comunidades, principalmente em relação às ações policiais. A sociedade cobra agilidade e transparência na condução do caso, para que a verdade seja esclarecida e os responsáveis sejam devidamente punidos.

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