2024 é o ano mais quente já visto na Terra, segundo observatório europeu
2024: O ano mais quente já registrado na Terra, confirma Observatório Europeu
– O ano de 2024 já se consolida como o mais quente já registrado na história do planeta, segundo dados divulgados pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus (C3S), da União Europeia. A constatação, baseada em análises de temperatura global, reforça a gravidade da crise climática e a urgência de ações para mitigar seus efeitos devastadores.
O C3S, referência mundial em monitoramento climático, aponta que a temperatura média global em 2024 superou em 1,43°C a média da era pré-industrial (1850-1900). Essa diferença representa um novo recorde, ultrapassando o anterior, registrado em 2023. Os dados indicam ainda que novembro de 2024 foi o mês de novembro mais quente já registrado, com uma temperatura 0,85°C acima da média de novembro entre 1991 e 2020. A anomalia de temperatura em relação à média de 1991-2020 foi de +0,38°C em outubro e de +0,85°C em novembro.
A influência do fenômeno El Niño, que aumenta as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico, contribuiu para o aumento das temperaturas globais em 2024. No entanto, os cientistas enfatizam que o aquecimento global antropogênico, causado pela emissão de gases de efeito estufa pela atividade humana, é o principal responsável pela tendência de longo prazo de aumento das temperaturas.
Samantha Burgess, vice-diretora do C3S, destaca a gravidade da situação: “2024 é o ano mais quente já registrado, marcando um novo nível alarmante para o aquecimento global e sublinhando a necessidade urgente de ações globais para reduzir emissões de gases de efeito estufa”. A declaração ressalta a importância de políticas climáticas mais ambiciosas e a necessidade de uma ação coletiva para conter as mudanças climáticas e seus impactos devastadores sobre os ecossistemas e as populações humanas.
A confirmação do recorde de temperatura em 2024 serve como um alerta urgente para governos e sociedade civil. A comunidade científica reforça a necessidade de uma transição acelerada para fontes de energia renováveis, a adoção de práticas sustentáveis e a implementação de políticas eficazes de redução de emissões para evitar consequências ainda mais severas da crise climática nas próximas décadas. O futuro do planeta depende de ações imediatas e decisivas para combater o aquecimento global.