2 anos do 8 de janeiro: Moraes diz que golpismo ‘não está vencido’ no país e cobra regulação das redes
Dois anos após 8 de janeiro: Moraes afirma que país se enganou sobre golpismo e defende regras para militares na política
Brasília, 8 de janeiro de 2025 – Dois anos após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira que o país se enganou ao acreditar que o golpismo estava vencido. Em entrevista à GloboNews, Moraes defendeu a necessidade de regras mais claras para a participação de militares na política, apontando a participação de agentes das Forças Armadas nos eventos que culminaram na invasão dos prédios públicos em Brasília como um dos motivos para essa reflexão.
Moraes destacou a gravidade dos atos de 2023, lembrando que houve a invasão e depredação de prédios públicos como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Ele reforçou que os ataques não foram um ato isolado, mas sim o resultado de uma articulação que buscava a desestabilização das instituições democráticas. Segundo o ministro, a violência praticada pelos golpistas demonstra a fragilidade da democracia brasileira e a necessidade de vigilância constante contra novas tentativas de ruptura institucional.
O ministro do STF ressaltou a importância da punição dos envolvidos nos atos golpistas, enfatizando que a justiça está sendo feita. Ele também alertou para a persistência de grupos extremistas que, mesmo após dois anos, continuam a disseminar desinformação e incitar o ódio contra as instituições democráticas. Moraes argumentou que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para a propagação de discursos de ódio e violência, que colocam em risco a estabilidade do país.
A entrevista de Moraes também abordou a necessidade de aprimoramento das leis e mecanismos de controle para evitar novos ataques às instituições democráticas. Ele defendeu a criação de regras mais rígidas para a participação de militares na política, sem detalhar propostas específicas, mas ressaltando a importância de se estabelecer limites claros para evitar que as Forças Armadas sejam usadas para fins políticos. A falta de clareza nas regras atuais, na visão do ministro, contribuiu para a participação de militares nos eventos de 8 de janeiro.
Em conclusão, a entrevista de Alexandre de Moraes a dois anos dos atos de 8 de janeiro serviu como um alerta sobre a fragilidade da democracia brasileira e a necessidade de vigilância constante contra ameaças golpistas. O ministro defendeu a punição dos responsáveis pelos ataques, o combate à desinformação e a implementação de novas regras para a participação de militares na política, visando prevenir novos atentados contra as instituições democráticas. A mensagem principal é a de que o país precisa estar atento e preparado para defender suas instituições democráticas contra ameaças que, segundo Moraes, ainda persistem.