1% mais rico do mundo leva apenas 10 dias para consumir cota anual de carbono



São Paulo, 24 de janeiro de 2024 – A organização Oxfam divulgou um novo relatório revelando a alarmante disparidade no consumo de carbono entre os mais ricos e a população global. De acordo com a pesquisa, a parcela da população global mais rica consome sua cota anual de emissões de carbono em apenas 10 dias. Enquanto isso, a metade mais pobre da população mundial leva mais de 20 anos para atingir o mesmo nível de emissões.

O estudo da Oxfam destaca que os 1% mais ricos do mundo são responsáveis por 16% das emissões globais de carbono entre 1990 e 2015. Este número chocante demonstra a profunda desigualdade na contribuição para a crise climática, contrastando drasticamente com a parcela da população global que menos contribui para o problema. A organização argumenta que este padrão de consumo insustentável ameaça os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5°C, como acordado no Acordo de Paris.

A concentração de riqueza e a consequente disparidade no consumo de carbono são fatores cruciais na compreensão das mudanças climáticas. A Oxfam aponta que a emissão de gases de efeito estufa não está distribuída igualmente. A desigualdade na geração de riqueza e o consumo desproporcional dos mais ricos acentuam os impactos da crise climática, que afeta de forma mais intensa as populações mais vulneráveis, que contribuem minimamente para o problema.

O relatório da Oxfam não se limita a apontar o problema; a organização também propõe soluções. A Oxfam recomenda a implementação de políticas para tributar as emissões de carbono das pessoas mais ricas, destinando os recursos arrecadados para apoiar a transição para uma economia de baixo carbono e financiar projetos de adaptação climática em comunidades vulneráveis. Além disso, a organização destaca a importância de investimentos em energias renováveis e em políticas públicas que promovam a sustentabilidade e a justiça climática.

Em suma, o relatório da Oxfam desenha um quadro preocupante da desigualdade de carbono, mostrando como o consumo exacerbado de uma minoria privilegiada compromete os esforços globais para combater a mudança climática. A urgência em adotar medidas concretas para mitigar essas disparidades e garantir a justiça climática é inegável, considerando os impactos devastadores da crise climática sobre as populações mais vulneráveis. A organização reforça a necessidade de uma ação global coordenada para enfrentar esta desigualdade, garantindo um futuro sustentável e equitativo para todos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *